
O Roberto Carlos ficou plantado, literalmente, durante toda a jogada, como se estivesse fazendo algo combinado. Aí a cabeça da gente dispara, começa a fazer conexões e teorias de conspiração pra tudo quanto é lado, tentando fazer isso tudo fazer sentido.
Porque antes de o jogo começar o Zidane todo sorridente conversa com o mesmo Roberto Carlos, também sorridente e quem viu comentou: "Aí tem..." Porque o Brasil todo depositou toda a sua carência nessa seleção e porque depois da alfinetada que o Ronaldo deu no Lula todo mundo achou que dali sairia alguma felicidade pra esse povo tão sofrido.
Parece mesmo que só quem sentiu a derrota foram os trouxas dos brasileiros que tinham alguma esperança de algo nesse país funcionar. Porque a "população classe A", como as dezenas de representantes que estavam no bar (de nome francês) em que fui assistir o jogo, vestindo a camisa oficial da Nike (R$170, numa loja perto de você), após o jogo viraram a cara pro Galvão Bueno e continuaram como se algo esperado tivesse acabado de acontecer.
Todo mundo sabia que o Brasil não prestava o suficiente pra ter a garra de vencer. E não tô falando da seleção. Ela é a cara do país. Quem tá lá na ... (pode colocar o que quiser aqui) não tá nem aí pra quem tá aqui, sofrendo. Fazem o que fazem por dinheiro e nada além disso... É a cultura do "cuido do meu e você se vira com o seu". E que, infelizmente, está matando todo mundo.
Nem de longe eu tô me eximindo de culpa, já fiz muita merda, tenho consciência... Mas quando percebo estar repetindo essas mesmas merdas, me entristeço de verdade... isso deprime, credo. Não quero mais morar no Brasil. O país é maravilhoso, mas o povo daqui mata... E eu acho que a merda já estourou tanto e pra todo lado que me sinto completamente impotente de mudar alguma coisa. Juro. Essa história de cada um faz o seu e o todo muda já é papo furado... Não que eu vá desembestar a fazer falcatrua como o Lula e Cia. Mas esse Brasil tá precisando de uma revolta violenta. Violenta em todos os sentidos que a palavra conseguir carregar.
Só uma chuva de gafanhotos ou algo que o valha, algo que destrua tudo, pra gente ter que reconstruir tudo de novo. Porque quando tá todo mundo na enchente, com água até o pescoço, só fica quem realmente tá afim de limpar. E porque depois quando chegar alguém pra tomar o crédito, a marca do barro no pescoço não vai deixar ninguém esquecer quem realmente fez alguma coisa.
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